sábado, 2 de agosto de 2014

DISTRITO DE PORTALEGRE

A Lusitânia que convido a visitar é uma viagem no tempo a uma região totalmente romana com o fim das guerras civis internas, a partir do ano 27 a.C., com Augusto o “criador” da Pax Romana, o Império Romano viverá um longo período de paz de cerca de dois séculos. A pacificação total da Hispania, designação dada pelos romanos à Península Ibérica, a vida quotidiana das populações pôde-se desenrolar com tranquilidade é neste período de maior estabilidade que alguns pormenores da vida que nos antecederam ficaram preservados para a história, apesar de não existirem grandes espaços monumentais no nosso território garanto-vos que vestígios não nos faltam encontram-se é dispersos bem debaixo dos nossos pés, sejam eles, cidades e villas, pontes e calçadas. É motivo mais do que suficiente para nos sentirmos pequenos nesta história? Óptimo, a ideia era essa, embarquemos nesta viagem pelos trilhos dos romanos pelo Alto Alentejo no distrito de Portalegre.

Rota I
Portalegre – S. Salvador de Aramenha - Portagem

S. Salvador de Aramenha (Marvão)

CIDADE ROMANA DE AMMAIA

Em pleno Parque Natural da Serra de S. Mamede a cidade romana de Ammaia é certamente o mais importante vestígio existente do Norte Alentejano.

A sua área central é constituída pela Qtª do Deão e a Tapada da Aramenha, possuindo um área de aproximadamente 25 hectares onde se estimava uma população entre os 4 a 5 mil habitantes, fundada muito provavelmente nos finais do séc. I a.C., ao tempo de Augusto, obtendo o estatuto de civitas durante o reinado de Cláudio, e municipium no reinado Lúcio Vero, mais provavelmente durante a época de Vespasiano. No séc. V a cidade sucumbiu perante uma tromba de água de lama e pedras de uma elevação próxima tendo ficado soterrada, entretanto, as pedras da antiga cidade que foram resistindo e aparecendo foram utilizadas na construção de palácios, igrejas e muralhas em Portalegre, Marvão e Castelo de Vide, em particular destaque, a estrutura da Porta Sul granítica, o ex-libris da antiga cidade, é levada para Castelo de Vide em 1710 e mais tarde destruída. Foram os trabalhos de renovação das instalações no local onde se encontra o Museu Monográfico que puseram a descoberto as ruínas de uma habitação soterrada que permitiu pôr à luz do dia a antiga cidade escondida e muito procurada, assim, a catástrofe que a havia destruído também a conservou!



Vamos conhecer um pouco melhor a cidade da Ammaiacomeçando pela Porta Sul sendo ainda visíveis duas estruturas circulares que revelam ser o arranque de dois torreões que ladeavam uma das portas da cidade à muralha e ligada por um Arco. Para lá da porta, uma praça pública pavimentada com blocos de granito bastante regulares, os dois lajeados ladeavam uma das principais ruas da cidade, o cardus maximus, dirigindo-se ao forum, no entanto, os vestígios da calçada romana original desapareceram restando apenas as pedras que constituem a soleira da Porta Sul composta por cinco pedras de granito, duas delas in situ, a construção do conjunto é da segunda metade do séc. I d.C..


Porta de Entrada na cidade
A seguir, imagine-se a percorrer o cardus maximus, o frenesim e reboliço dos negócios em contraste com a quietude de hoje em direcção ao fórum, sem antes de atravessarmos a estrada nacional que pela sua passagem destruiu parte dos edifícios que o compunham, já na denominada Tapada da Aramenha, eleva-se uma estrutura rectangular que corresponde ao podium de um Templo, seria revestido com blocos de granito e dividido em duas partes, a cella e pórtico do átrio, por um muro transversal ainda visível. Estaremos pois perante o edifício com maior monumentalidade da cidade, o fórum e a grande praça pública, seria o centro cívico, com o grande santuário centrado num Templo com pórticos monumentais a rodeá-lo e na mesma praça estariam monumentos honoríficos dos habitantes e magistrados da cidade, era o local de convergência da população para o culto, para actividade comercial, administrativa e jurídica, onde se afixavam editais públicos ou eram lidos, em voz alta, os decretos emanados do senado, em Roma. 

Podium do Templo no Forum


Os edifícios termais eram locais lúdicos e indispensáveis para os romanos, no tratamento da higiene pessoal e como terapêutico, nas massagens de tonificação e relaxamento do corpo, desempenhando ainda um papel social e político enquanto espaços de relacionamento e convivência do modus vivendi romano, num ritual imprescindível e quase diário – o costume do banho.

Uma parte significativa das termas ou balneários do forum foi destruído, pela passagem da estrada nacional, mas é ainda possível identificar um pequeno tanque revestido por placas de mármore, provavelmente seria, o tepidarium (tanque de água tépida) ou o frigidarium (tanque de água fria), por trabalhos recente foi posto a descoberto uma natatio, a piscina maior do edifício que poderia ser coberta ou ao ar livre. 


Natatio (Piscina)

Museu Monográfico

As ruínas de uma casa da cidade encontram-se parcialmente sob o edifício do Museu enriquecido pela exposição permanente do espólio posto a descoberto dos trabalhos arqueológicos como peças de cerâmicas, epigrafias, numismática, objetos de adorno e vidros. 


Dollium (séc. IV)


Ficha Técnica
Coordenadas: 39º 22´14.2” N 7º 23´10.2” W
Segunda a Domingo
Manhãs: 09,00h – 12,30h
Tardes: 14,00h – 17,30h
Marcação para visitas guiadas: tlf. 245919089 - tlm. 960325331 ou e-mail: ammaia @ammaia.pt
Duração estimada da visita
2 horas
Classificação
MONUMENTO NACIONAL

S. Salvador de Aramenha (Marvão)
Ponte Romana-Medieval da Madalena 

Estado actual: ruínas
Construção: séc. I d.C.
Via romana: Rede viária da Ammaia: Ammaia a Évora 
Acesso: S. Salvador de Aramenha (EM521), na continuidade da estrada do sítio arqueológico, junto da ponte os Olhos de Água
Coordenadas: 39º 22´08.3” N 7º 23´03.7” W

Portagem (Marvão)
Ponte Medieval da Portagem 

Estado actual: aberta à circulação - requalificada recentemente
Via romana: Rede viária da Ammaia: Ammaia a Cáceres
Acesso: Portagem (EN359), enquadrada na praia fluvial
Coordenadas: 30º 23´00.9” N 7º 22´52.2” W

Ponte Romana da Ribeira das Trutas 

Estado actual: ruínas
Construção: séc. I d.C.
Via romana:
Acesso: Portagem (EN246-1)
Coordenadas:
Classificação: Imóvel de Interesse Público


Ficha Técnica
Época recomendada
TODO O ANO
Distância percorrida
15,8 kms
Duração recomendada
1 dia

Rota II
Portalegre – Alter do Chão – Cabeço de Vide – Vale do Peso – Crato - Benavila

Alter do Chão 

Villa Romana Casa da Medusa

A actual localização da vila de Alter do Chão, aquando da ocupação romana da Península Ibérica, corresponde à antiga cidade romana de ABELTERIO, este aglomerado poderá ter assumido o papel de capital civitas mas não existem até ao momento elementos suficientes que sustentem esta possibilidade. Outra hipótese é pelo facto de aqui passava uma das três vias imperiais que ligava Olisipo (Lisboa) a Emerita Augusta (Mérida) atravessando a ribeira da Seda na ponte romana de Vila Formosa e junto à necrópole na rua da Misericórdia, não surpreendendo a existência de uma villa nas suas imediações, provavelmente, a mansio que prestaria todo o apoio logístico à via romana necessário a quantos passavam ou paravam para repousar e refrescar as montadas.

Consta-se que durante a passagem por Abelterio, o imperador Adriano, foi alvo de enorme resistência e contestação pela população local às suas legiões romanas e devido a este facto a terá mandado destruir, por volta do ano 120 d.C., daí a designação da via romana que conduz à ponte tenha sido designada por “Via Adriana”. 

A estação arqueológica é composta por uma luxuosa domus senhorial, um edifício termal e uma necrópole da Antiguidade Tardia.


Domus

A domus de grande dimensão e sumptuosa estava situada a nordeste do edifício termal, o proprietário deveria ser uma figura ilustre de inquestionável riqueza e de gosto requintado pela decoração das paredes da sua residência de luxo com diversas pinturas murais e dos quartos pavimentados com mosaicos geométricos e figurativos, é pois um desses mosaicos que dá o nome à casa, devido a esta figura mitológica surgir no escudo segurado por Eneias.

No peristylium de planta rectangular tinha um jardim embelezado com fontes e repuxos, e pátio porteado decorado arquitectonicamente com colunatas muito revelador do estatuto e prestígio do seu proprietário.




Os quartos (cubícula) e a cozinha da casa dispõem-se ao redor do peristilo com acesso pelos corredores que circundam o jardim, a ausência de janelas para o exterior a entrada de luz natural era substituída por portas viradas para o jardim.


O triclinium (a sala de jantar) estava construído no interior do jardim do peristilo num dos extremos e pavimentado com o mosaico da Medusa, nesta sala o proprietário e convidados se reclinavam confortavelmente e se deleitavam em soberbos banquetes. 



Sala de representação na ala nordeste da casa, uma sala absidada tinha uma fonte de água no centro revestida a mármore e um anexo lateral, ladeada por seis colunas de granito seria a sala de convívio e confraternização, acedia-se a ela pelo peristilo.


Edifício Termal

Podemos estar perante uma pequena parte daquilo que deveria ter sido um amplo edifício termal público. Os banhos romanos estão associados à cultura romana: para onde quer que os romanos fossem, os banhos iam com eles, não se limitavam à lavagem do corpo, embora o asseio fosse o objectivo, compreendiam diversas e diferentes actividades: libertar suor, exercício, sauna, natação, banhos de sol, jogos com bola, ser “raspado” e esfregado, eram banhos turcos mais completos, incluindo extras opcionais como o barbeiro. As obras de ampliação na área aquecida podem estar relacionadas com o aumento da população ou na necessidade da construção de uma nova ala de banhos para permitir a separação por sexos, pois as mulheres estariam excluídas da frequência das instalações na mesma altura.

A latrina, compartimento de uso colectivo, equipado com banco em alvenaria ou mármore com orifícios ovóides semelhantes aos atuais assentos sanitários, sob este banco corria permanentemente água proveniente da cloaca.



O apodyterium, os vestiários estavam junto da entrada das termas, equipados com bancos corridos e nichos ou armários nas paredes para guardarem seus pertences.


O frigidarium, a sala destinada aos banhos frios dispondo de um ou dois tanques




A natatio, piscina ao ar livre ou coberta e poço


O tepidarium, o caldarium e o sudatorium, as salas destinadas aos banhos quentes



O hypocaustrum e as praefurnia, sistema de aquecimento subterrâneo assente sobre arcos, os suspensurae do hypocaustrum sob os quais circulava o ar quente produzido proveniente das praefurnia e, sobre as mesmas eram colocadas as caldeiras, geralmente de bronze, a partir das quais a água quente era conduzida às piscinas de água quente por canalizações em chumbo. 



Centro Interpretativo

Todo o espólio descoberto está em exposição no centro interpretativo, sendo as peças mais significativas, o original do contentor cerâmico, a cabeça de uma criança, bases de estátuas e um golfinho em bronze que provavelmente estaria a jorrar água no peristilo ou na sala de representação.



Ficha Técnica
Coordenadas: 39º 11´54.2” N 7º 39´41.4” W
Acesso
Horários e visita guiada
Manhãs:
Tardes:
Encerra às
Duração estimada da visita
2 horas 
Classificação
IMÓVEL DE INTERESSE PÚBLICO

Ponte Romana de Vila Formosa


Estado actual: desactivada - pedonal
Construção: séc. I d.C./séc. II d.C.
Via romana: itinerário XIV Lisboa – Alter do Chão - Mérida, de Ponte de Sôr a Alter do Chão 
Acesso: pela antiga estrada nacional Alter do Chão/Ponte Sôr (EN369), está sinalizada na estrada
Coordenadas: 39º 12´57.8” N 7º 47´05.5 W
Classificação: Monumento Nacional

Cabeço de Vide (Fronteira)
Balneário Romano das Termas da Sulfúrea
Águas sulfurosas utilizadas pelos Romanos desde o ano 118 a.C., época do imperador César Augusto (?)


Calçada Romana (pequeno troço)

Característica: calçada sobre terra batida coberta por pedra miúda com vegetação rasteira
Via romana: Rede viária da Ammaia: Ammaia a Aritio Vetus (Alvega/Casal da Várzea) 
Acesso: Termas de Cabeço de Vide (EN369), passando a estrada nacional, subindo por caminho de terra batida, junto ao muro 
Coordenadas: 39º 08´09.3” N 7º 34´51.5” W

Vale do Peso (Crato)
Ponte Romana?-Medieval

Estado actual: rural
Via romana: Rede viária de Idanha-a-Velha: Idanha-a-Velha a Évora Aramenha (Ammaia)
Acesso: Vale do Peso (EN245), da Igreja Matriz rua em frente e na primeira à esquerda após fontanário entra-se por caminho de terra batida à esquerda (propriedade privada)
Coordenadas: 39º 20´36.8” N 7º 38´51.2” W 

Crato
Ponte Romana-Medieval do Chocanol 

Estado actual: rural
Via romana: Rede viária de Idanha-a-Velha: Idanha-a-Velha a Évora Aramenha (Ammaia)
Acesso: saída do Crato (1km) para Alter do Chão, vê-se na passagem da ponte actual
Coordenadas: 39º 16´46.7” N 7º 38´32.´7” W
Classificação: Imóvel de Interesse Público

Benavila (Avis)
Miliário Anepígrafo e Epitáfio de Lobesa



Local: Capela Nossa Senhora Entre-Águas como coluna de alpendre, contornando a capela no anexo em ruína parede exterior
Acesso: Benavila (EN370)

Ervedal (Avis)
Ara consagrada a Fontana
Local: junto a fonte
Acesso: Ervedal (EN243)

em breve (imagens)


Ficha Técnica
Época recomendada
TODO O ANO
Distância percorrida
135,9 kms
Duração recomendada
1 dia

Rota III
Portalegre – Monforte - Arronches

Monforte 

Villa Romana de Torre Palma

A villa romana de Torre de Palma situa-se a cerca de cinco quilómetros de Monforte, na Herdade do mesmo nome. Trata-se duma enorme villae correspondendo ao conceito de villae áulica, residência de uma poderosa família os BASILLI, conhecidos através de uma inscrição encontrada no local, aqui se fixaram construindo uma sumptuosa e faustosa casa palaciana, entre séc. II d.C. até ao séc. IV d.C., explorando um vasto latifúndio. Supõe-se que o primeiro proprietário tenha sido um veterano da legião romana devido à proximidade e existência de um acampamento militar situado a oeste da villa num outeiro em frente a Vaiamonte. 

A villa romana de Torre de Palma integra-se naquilo que se pode designar por grande villae, a maior parte correspondendo ao conceito de “villae áulica”, isto é, villae que, para além de um grande território sob seu domínio, possuem uma sumptuosa e faustosa casa palaciana.

Estas villas multiplicaram-se a partir de séc. III d.C./ séc. IV d.C., num movimento que tem sido identificado como da fuga para os campos mercê da insegurança social, levando a que grandes senhores se refugiassem nos campos de modo a afastarem-se das turbulências cada vez mais frequentes nos grandes centros urbanos.

O sítio arqueológico da villa de Torre de Palma para além das estruturas que compõem uma villa faz também parte uma Necrópole, Basílica Paleocristã e Baptistério.


Legenda
1.Entrada da vila
2.Lagares de azeite e vinho e celeiros
3.Estábulos
4.Pátio Maior
5.Entrada do pátio com colunatas
6.Templo
7.Passagem do pátio com colunatas à entrada da basílica civil
8.Basílica civil dando acesso ao peristilo
9. Cozinha
10.Exedra
11.Triclinium
12.
13.Termas a Leste e destinadas aos servos
14.Alojamentos dos servos, pars rustica
15.Armazéns e instalações agrícolas, pars frumentaria
16. Termas de Oeste e destinadas ao proprietário
17.

A villa situa-se numa pequena colina, junto a um riacho em torno de um vasto pátio interior de forma trapezoidal, entrada da villa fazia-se a oeste, abrindo-se para um grande pátio por um corredor;

As estruturas dos estábulos
As estruturas dos celeiros e dos lagares de vinho e azeite


Do grande pátio passava-se por um corredor a outro pátio mais pequeno e aí;

Um pequeno templo familiar, dedicado a Marte
A pars rustica, parte destinada aos alojamentos dos servos
O edifício termal com instalações mais modestas destinado aos servos, a leste



Passagem do pátio para a pars urbana, área residencial da casa destinada ao proprietário, devendo ser uma figura ilustre de inquestionável riqueza e gosto requintado

O peristylium, um pátio quadrangular com um alpendre assente em colunas com um tanque central, o impluvium, pavimentado com mosaicos diversos
O tablium, a entrada principal fazia-se através da sala de recepção onde se encontrava o célebre mosaico das Musa



A exedra, a sala destinada à prática musical e ao convívio, cujo pavimento era composto pelo mosaico dos Cavalos, que comunicava também para este pátio


O triclinium, a sala dos banquetes e o apreço dos donos da casa pela natureza demonstrado nas flores e frutos dourados dos frescos que revestiam as paredes e no próprio pavimento constituído pelo mosaico das Flores
A cozinha e os quartos ou cubiculas, estes dispunham-se ao redor do peristilo com acesso pelos corredores que circundam o jardim


A oeste em edifício independente o complexo termal de certa magnificência mas na altura não foi possível a visita devido à alta vegetação do local. A noroeste a necrópole visigótica com várias sepulturas


A norte, as ruínas da Basílica Paleocristã, provavelmente datada do séc. IV d.C., com três naves e absides contrapostas, onde se pode observar um Baptistério em forma de Cruz de Lorena com dois lanços opostos de quatro degraus, considerado como sendo dos mais raros na Península Ibérica, só similar na Palestina e no Norte de África.



Ficha Técnica
Coordenadas: 39º 03´51.0” N 7º 29´22.2” W 
Acesso
Para informações ou para visitas guiadas: Posto de Turismo (tlf. 2455780679) C.M. Monforte (tlf. 245578060)
Horário de Inverno: Outubro a Abril
Segunda-feira a Sábado: 09,00h – 16,00h
Domingo: 09,00h -13,00h
Horário de Verão: Maio a Setembro
Segunda-feira a Sábado
Manhãs: 09,00 – 13,00
Tardes: 15,30h – 19,00h
Domingo: 09,00h -13,00h
Encerra aos Feriados Nacionais e Municipais
Duração estimada da visita
2 horas
Classificação
MONUMENTO NACIONAL

Ponte Medieval da Vila

Estado actual: aberta à circulação rodoviária
Via romanaitinerário XIV Lisboa – Alter do Chão - Mérida, variante de Alter do Chão a Elvas por Monforte 
Acesso: Monforte (IP2), visível da estrada principal
Coordenadas: 39º 03´28.1” N 7º 26´36.6” W
Classificação: Imóvel de Interesse Público

Arronches
Ponte Romana? do Monte de Pisão
Estado actual: falta reconhecer o local 
Via romana: 
Acesso: Arronches (EN246) – no denominado Monte do Pisão – Assunção
Coordenadas: 

Calçada Romana Passeio do Vassalo

Característica: calçada em pedra regular
Via romana:  itinerário XIV Lisboa – Alter do Chão – Mérida, troço de Matusaro (Arronches) a Ad Sptem Aras
Acesso: Arronches
Coordenadas: 39º 07´01.7” N 7º 17´14.0” W

Ficha Técnica
Acesso
Da Ponte do Porto Mane à Ponte do Caia
Época recomendada
TODO O ANO
Distância percorrida
2,0 Kms

Ficha Técnica
Época recomendada
TODO O ANO
Distância percorrida
52,1  kms
Duração recomendada
1 dia

Rote IV
Portalegre – Campo Maior – Ouguela - Barbacena

Campo Maior

Muro (Campo Maior)
Barragem Romana do Muro


Estado actual: bom estado
Acesso: Campo Maior, na Av. Calouste Gubenkian na bifurcação seguir indicação Horta do Muro após Qta S. Joaquim (a 300 mt entre olivais) a muralha encontra-se do lado esquerdo da estrada

Ficha Técnica
Coordenadas: 39º 00´56.4” N 7º 00´55.4” W
Acesso
Duração estimada da visita
30 minutos
Classificação
IMÓVEL DE INTERESSE PÚBLICO

Museu Aberto – Município de Campo Maior

Miliário ao imperador Domiciano (81-96 d.C.)

Marco Miliário a Domiciano (81-96 d.c.)

Canalização Romana
Ficha Técnica
Acesso
Largo do Barata
Horário
Terça-feira a Sábado: 10,00h - 17,00h
Encerra à Segunda-feira e Feriados
Duração estimada da visita
1 hora 

Ouguela (Campo Maior)
Ponte Romana da Ns. Sra da Enxara 


Estado actual: ruínas
Via romana: itinerário XIV Lisboa – Alter do Chão – Mérida, troço de Ad Septem Aras a Budua (Badajoz) na variante pela Ponte de Enxara 
Acesso: Ouguela (EN373) seguir placa para Santuário da Nª Srª da Enxara
Coordenadas: 39º 04´53.1” N 7º 01´08.6” W

Barbacena (Elvas)
Ponte Romana?-Medieval da Nossa Sra da Lapa

Estado actual: rural
Via romana: itinerário XIV Lisboa – Alter do Chão – Mérida, de Alter do Chão a Elvas por Monforte no troço de Esquilas a Elvas 
Acesso: Barbacena (EN243) está sinalizada à entrada da povoação, caminho de terra batida, cerca de 6km e junto da Anta da Coutada
Coordenadas: 38º 57´58.8” N 7º 19´08.4” W

Anta da Coutada



Ficha Técnica
Coordenadas: 38º 58´24.0” N 7º 19´56.7” W 
Local
Barbacena
Acesso
Por caminho em terra batida junto à ponte romana
Distância percorrida
8 kms 
Duração da visita
15 minutos

Ficha Técnica
Época recomendada
TODO O ANO
Distância percorrida
106,8 kms
Duração recomendada
1 dia

Rota V
Portalegre – Arneiro – Nisa – Amieira do Tejo – Comenda - Gavião

Arneiro (Nisa)


Área Arqueológica do Conhal do Arneiro

Região economicamente rica ao nível da exploração mineira do seu subsolo aonde se extraíram inúmeros metais preciosos, o Arneiro, a oeste de Salavessa ocupando mais de 90 hectares delimitados pelo ribeiro do Arneiro, margem esquerda do rio Tejo e Portas do Ródão.

O Conhal do Arneiro indica-nos a existência de uma lavra a céu aberto onde se extraía ouro. Os vestígios desta exploração de origem romana ocupam uma área superior a 40 hectares entre o ribeiro do Vale e a Serra de S. Miguel com enormes amontoados de seixos rolados de quartzito, conhos. Estes depósitos associados ao rio Tejo foram designados por Plínioo Velho”, na primeira metade do séc. I de Aurifer Tagus, onde o ouro aparece pela erosão de rochas paleozóicas com abundantes filões e veios de quartzo auríferos. Os depósitos auríferos seriam desmanchados pela força erosiva da água captada na bacia hidrográfica da ribeira de Nisa, através de um engenhoso sistema hidráulico de canais de encaminhamento de água a “Vala dos Mouros”, talhados a meia encosta e direcionados para os depósitos sedimentares.

A jusante situavam-se os tanques de decantação e os lavadouros onde era feita a separação das pepitas de ouro, processo de seleção gravítica forneceria ouro puro que não necessitava de qualquer tipo de tratamento.



O volume de sedimentos trabalhados por decénios terá sido superior a 10 milhões de m3, para terem sido extraídos, pouco mais, de 3 toneladas de ouro.

Subsiste ainda, próximo do extremo norte do Conhal, o Castejo, um relevo de 15 metros de altura que ocuparia uma posição central entre os canais de evacuação.

Ficha Técnica
Coordenadas: 39º 37´59.5”N 7º 41´23.1” W
Acesso
A três quilómetros do Arneiro por caminho de terra batida 
Duração da visita
30 minutos

Nisa
Ponte Romana?-Medieval da Senhora da Graça 

Estado actual: rural
Via romana: Rede viária de Idanha-a-Velha: Idanha-a-Velha a Évora e Ammaia, ligação a Alpalhão por Nisa 
Acesso: Nisa/Pé da Serra (EM526), visível da ponte atual
Coordenadas: 39º 33´03.8” N 7º 37´39.3” W 

Calçada Romana da Senhora da Graça


Característica: calçada sobre terra batida coberta por pedra miúda, na extensão de 1,5 km à ponte
Via romana: Rede viária de Idanha-a-Velha: Idanha-a-Velha a Évora e Ammaia, ligação a Alpalhão por Nisa 
Acesso: Nisa/Pé da Serra (EM526)

Ficha Técnica

Coordenadas: 39º 32´49.4” N 7º 37´40.9” W 
Acesso
Do parque de estacionamento no Santuário junto à Capela em caminho em frente descendo à ponte romana
Época recomendada
TODO O ANO
Distância percorrida
2 Kms

Amieira do Tejo (Nisa)
Ponte Romana?-Medieval de Vila Flor 

Estado actual: rural
Via romana: Ammaia a Aritio Vetus (Alvega/Casal da Várzea) com a ligação a Conimbriga
Acesso: Barragem do Fratel (IP2) cortar para Monte Claro/Albarrol (EN 359) na placa indicativa para Nisa à direita, por caminho de terra batida (2km)
Coordenadas: 39º 31´11.4” N 7º 47´11.2” W

Comenda (Gavião)
Ponte Romana?-Medieval da Venda 

Estado actual: pedonal - recentemente requalificada
Via romana: outras vias secundárias ao itinerário XV
Acesso: Comenda (EM1138) – no Parque de Merendas da Venda
Coordenadas: 39º 24´52.1” N 7º 48´00.3” W

Gavião
Barragem/Represa Romana 

Acesso: Gavião (EN118), no entroncamento para a Barragem de Belver

Ficha Técnica
Coordenadas: 39º 27´25.8” N 7º 59´42.0” W
Acesso
Duração da visita
10 minutos

Ficha Técnica
Época recomendada
TODO O ANO
Distância percorrida
122,2 kms
Duração recomendada
1 dia